Atividade para crianças: como detectar ações suspeitas

Há diversos desafios que as crianças podem vir a enfrentar on-line. Porém, ao se depararem com um perigo potencial, será que sabem como reagir? Teste a consciência cibernética de suas crianças, de uma forma divertida. Neste Dia da Internet Segura (7 de fevereiro), preparamos três exemplos de situações que podem ser vivenciadas pelas crianças quando estiverem navegando on-line.

 

Antes de começarmos: como realizar as seguintes atividades

 

Apresente cada situação às crianças e as deixe explicar como reagiriam em cada circunstância. Esforce-se para criar um ambiente acolhedor, em que não se sintam constrangidas ou julgadas negativamente, caso não tenham certeza de suas respostas. Após mostrar um exemplo de cada situação, a resposta ideal será apresentada. Utilize o teste para aumentar o conhecimento de suas crianças em relação aos riscos na internet e desenvolver sua consciência cibernética em equipe.

 

1. Você está jogando on-line e recebe uma mensagem de alguém que nunca viu antes, que afirma estar apenas procurando novos amigos. Como você reagiria?

 

A reação adequada será diferente para crianças pequenas e adolescentes.

 

Ao receberem mensagens como essa, as crianças devem sempre alertar seus cuidadores, que poderão investigar a situação e verificar a necessidade de outras ações, como bloquear ou denunciar o perfil. Recomenda-se que as crianças descartem mensagens semelhantes e se comuniquem apenas com pessoas que conhecem pessoalmente.

 

Para adolescentes, é comum fazer novos amigos na internet, por exemplo, nas redes sociais ou por meio de videogames. No entanto, ao receberem uma mensagem de um usuário desconhecido, devem ter cautela e lembrar dos sinais de alerta aos quais devem estar atentos.

 

Essa pessoa desconhecida está...

• Agindo de forma quase artificialmente gentil e extremamente insistente?
• Enviando mensagens para a criança por diferentes plataformas e várias vezes ao dia?
• Pedindo para a criança manter a conversa em segredo?
• Tentando isolar a criança dos amigos e cuidadores?
• Afirmando ser a única pessoa que realmente entende a criança?
• Frequentemente perguntando se a criança está sozinha ou se os cuidadores estão por perto?
• Exigindo fotos ou vídeos e oferecendo dinheiro ou outros bens em troca, de forma manipuladora?
• Forçando a criança a ter conversas incômodas, podendo até envolver assuntos sexuais?

 

Caso a resposta a qualquer uma dessas perguntas seja sim, as crianças devem sair, imediatamente, da situação e compartilhar o problema com alguém em quem confiem, quer seja um de seus cuidadores, quer seja outro adulto. É possível resolver o problema em conjunto, bloquear o usuário e, caso seja necessário, entrar em contato com as autoridades competentes.

 

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1. Ao abrir sua rede social, há uma notificação: você foi marcado em uma postagem afirmando ser o ganhador do mais novo iPhone! Como você reagiria?

Postagens semelhantes são bastante comuns em plataformas de redes sociais e costumam ser utilizadas para difundir sites ou aplicativos maliciosos. Ao serem marcadas em postagens desse tipo, as crianças nunca devem clicar no link anexado ou ter qualquer interação com a mensagem. No entanto, é recomendado fazer uma captura de tela.

 

Caso a postagem tenha sido compartilhada por alguém que conhecem pessoalmente, elas podem entrar em contato com essa pessoa por telefone, outras redes sociais ou pessoalmente, a fim de verificar a autenticidade da mensagem. Talvez possam auxiliar o usuário, em cujo nome a postagem apareceu, a agir antes que o problema se agrave. A pessoa também pode querer excluir, manualmente, a postagem e tomar outras medidas apropriadas para se proteger de danos futuros, como verificar a presença de software malicioso no seu computador.

 

Algumas crianças podem não conseguir excluir a postagem sozinhas, mas ainda podem fazer a denúncia aos moderadores da plataforma e esperar que eles tomem uma atitude. Também é recomendado excluir as tags, para que a postagem não fique mais visível no perfil, evitando, também, que o golpe se espalhe, rapidamente.

 

1. Você recebe um e-mail do Instagram pedindo que você clique, imediatamente, no link anexado e atualize as suas credenciais de login – caso contrário, sua conta será excluída. Como você reagiria?

 

Sempre que uma criança receber uma mensagem coagindo a uma resposta imediata e ameaçando com consequências potencialmente graves, ela deve consultar seus cuidadores sobre a situação, antes de reagir ou interagir com a mensagem.

 

Caso a criança alerte os responsáveis para tal situação, o conteúdo da mensagem deve ser verificado junto com a criança – mas sem clicar em nenhum dos links ou anexos fornecidos! Antes de tomar qualquer atitude, verifique se há alguns dos sinais comuns de phishing:

 

• Forte senso de urgência: como o phishing depende da reação precipitada do destinatário, a mensagem pode incitar o leitor a responder, em um curto espaço de tempo, contendo ameaças de consequências negativas caso a reação não seja imediata.

 

• Erros gramaticais e ortográficos incorretos: é comum que os e-mails de phishing contenham erros gramaticais e ortográficos, pois os autores costumam ser de países estrangeiros.

 

• Solicitações de dados pessoais: sempre que um e-mail solicitar o compartilhamento de qualquer dado pessoal ou confidencial, é preciso ficar atento.

 

• Discrepâncias nas URLs: quando houver um link, não clique nele, apenas mova o mouse sobre a seção, o que permite visualizar o endereço do hiperlink. Esse link costuma ter pequenas diferenças quanto ao da empresa que está sendo imitada.

Vejamos um exemplo: facebook.blabla.com. Você deve verificar o último nome de domínio antes do domínio do país (.com, .net). Facebook.blabla.com usa blabla como nome de domínio (ou domínio de segundo nível). O login correto seria blabla.facebook.com.

 

Caso você conclua que o e-mail é, possivelmente, uma tentativa maliciosa de phishing, exclua a mensagem e considere adquirir uma solução de segurança confiável que possa detectar e oferecer proteção contra phishing e outras ameaças de engenharia social.

 

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