13 princípios de netiqueta para capacitar as crianças

05 OUT 2023

Navegar pela ambiente digital com gentileza e respeito é uma habilidade essencial para a juventude de hoje. Saber o básico da “netiqueta”, termo que se refere ao conjunto de comportamentos adequados para a internet, pode ser uma preparação para uma vida bem-sucedida dentro e fora do ambiente digital. Conheça algumas dicas úteis para explorar o tema da netiqueta com as crianças, conduzindo-as a uma experiência on-line segura, ponderada e responsável.



O que vem à mente ao ouvir a palavra “netiqueta”? De acordo com a Britannica, “o objetivo da netiqueta é ajudar a construir e manter um ambiente agradável, confortável e eficiente para a comunicação on-line, além de evitar sobrecarregar o sistema e gerar conflitos entre os usuários”. Em resumo, as regras não escritas de conduta on-line visam promover interações positivas, que reflitam os mesmos valores que defendemos quando estamos fora do ambiente digital. Assim como na vida fora da internet, quando estamos on-line, somos parte de uma sociedade – somos cidadãos digitais, e é nossa responsabilidade nos comportarmos com respeito e segurança. Então, o que as crianças devem aprender para dominar a prática da netiqueta?



1. Gentileza: incentive as crianças a praticarem o mesmo tratamento gentil que teriam pessoalmente ao interagirem com as pessoas na internet. Palavras podem causar impactos duradouros, e um pouco de gentileza é sempre primordial. Antes de clicar em “enviar”, as crianças devem se perguntar: “Será que eu diria essas palavras a alguém pessoalmente?” É importante enfatizar que as interações on-line têm consequências no mundo real: discursos de ódio ou comentários prejudiciais podem comprometer a reputação de alguém, até mesmo afetando futuros relacionamentos ou oportunidades de emprego. Por outro lado, palavras de apoio e cuidado podem ter um impacto surpreendente para alguém que está enfrentando desafios, mesmo que sejam ditas apenas pela internet.



2. Reflexão prévia ao compartilhamento: todas as nossas postagens na internet podem criar um rastro de atividade on-line, ficando disponíveis por um longo tempo. Até mesmo o que compartilhamos apenas com algumas amizades pode acabar chegando a outras pessoas. Por isso é tão importante conversar com as crianças sobre formas de compartilhamento responsável. Ensine as crianças a diferenciar entre o que é apropriado para compartilhar e o que deve ser mantido em privacidade, sejam fotos, vídeos ou textos. Uma possibilidade é dar à criança um exemplo de sua própria experiência, por exemplo, de uma vez em que você postou algo e se arrependeu depois. Assim, é possível sair apenas da teoria, abrindo espaço para conversas proveitosas com a criança e demonstrando seu apoio.



3. Verificação contínua: incentive o hábito do pensamento crítico. Oriente a criança a verificar bem as informações antes de compartilhar ou repostar algo. Compartilhar notícias falsas pode prejudicar a reputação da criança tanto agora quanto futuramente, podendo limitar opções de emprego. A desinformação costuma se espalhar rápido, e ter uma cidadania digital responsável significa verificar fatos e promover a acurácia das informações.



4. Questionamento sobre as identidades on-line: auxilie a criança a compreender que nem todas as pessoas são quem afirmam ser na internet. Nesse ambiente, é fácil para um homem de 40 anos fingir ser uma menina de 11 anos. Incentive o pensamento crítico e ajude a criança a valorizar a sua privacidade, conversando apenas com pessoas em quem têm total confiança.



5. Espaço cedido às outras pessoas: ensine a criança a não sobrecarregar as pessoas com mensagens e comentários, dando às amizades o espaço necessário para também expressarem seus pensamentos. A comunicação on-line é uma via de mão dupla, que prospera com o respeito e consideração mútuos.



6. Pedido de permissão antes de compartilhar: oriente-as sobre o valor de pedir permissão antes de compartilhar fotos ou informações sobre outras pessoas. Respeitar a privacidade alheia é um sinal empatia e consideração pelos sentimentos das pessoas. Antes de postar fotos ou falar sobre a vida de alguém na internet, a criança deve se certificar de ter o seu consentimento.



7. Respeito à privacidade alheia: imagine que a criança vai acessar um dispositivo da escola e se depara com redes sociais ou contas logadas de alguém que havia utilizado o dispositivo antes. O que fazer? Em vez de usar essa situação para provocar quem quer que seja, a criança deve encerrar a sessão e incentivar que o/a colega tenha mais cuidado no futuro. Assim como a criança não deve utilizar as redes sociais de seus amigos sem perguntar, tampouco deve pegar dispositivos de outras pessoas ou acessar seus aplicativos sem pedir permissão.



8. Atenção ao entorno: a imersão total nas possibilidades do ambiente digital pode, por vezes, nos desconectar da realidade externa. Instrua as crianças sobre a importância de considerar o seu entorno antes de ouvir música, assistir a um programa ou realizar uma chamada de vídeo/telefone alta em público.



9. Comunicação consciente: aprimorar a comunicação on-line garante que as mensagens da criança sejam respeitosas e bem recebidas. Explorem em conjunto os princípios básicos de uma boa comunicação on-line, desde uma fala concisa até a escolha do tom adequado para diferentes plataformas.



Você sabia?

• É educado iniciar a conversa se dirigindo diretamente à pessoa com quem se está falando;

• Erros gramaticais nas mensagens podem causar uma impressão menos respeitável, por isso, é recomendável revisar as mensagens antes de enviá-las;

• Mensagens com sinais diacríticos podem dificultar a leitura do destinatário;

• O USO EXCESSIVO DE MAIÚSCULAS pode dar a impressão de que você está gritando;

• Para facilitar a identificação, é recomendável colocar o seu nome completo na assinatura do seu primeiro e-mail.



10. Consciência do próprio poder: converse sobre a responsabilidade atrelada à influência digital, mesmo que limitada a círculos pequenos. Ensine a criança a considerar o impacto de suas palavras e ações em sua comunidade, encorajando o uso positivo dessa influência para inspirar outras pessoas, com conteúdo prudente e motivador.



11. Escolha por apelidos neutros: oriente a criança na escolha de um nome de usuário que não revele sua identidade ou suscite constrangimentos no futuro. Um apelido original pode proteger sua experiência on-line e, ao mesmo tempo, permitir que se expresse de forma criativa.



12. Valorizar os momentos fora da internet: Embora o ambiente digital possa ser atrativo, lembre a criança sobre a importância de desconectar e dedicar atenção às conversas presenciais também. Não é muito educado ficar mexendo no celular quando alguém está tentando conversar com você. Transmita às crianças a importância de apreciar o momento presente e a prestar atenção às pessoas em sua volta. Pode ser por meio de diferentes atividades ou apenas sendo um bom exemplo.



13. Cuidado ao fazer comentários: como fazer comentários de acordo com as regras de netiqueta? Existem diversos aspectos a considerar. Leia mais em nosso artigo. 



Ao iniciar a jornada de educar as crianças sobre netiquetas, lembre-se de que os princípios da bondade, respeito e responsabilidade transcendem o ambiente digital. Cultivando esses valores nas interações on-line delas, você não está apenas moldando a sua presença digital, mas também contribuindo para se tornarem indivíduos solidários e conscientes, com a capacidade de prosperar em qualquer ambiente.

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