Por que devemos conversar com as crianças sobre ameaças digitais?

19 ABR 2024

A internet surgiu no início dos anos 90 e, como esperado, as ameaças enfrentadas por crianças e adultos desde então mudaram drasticamente. Naquela época, a segurança dos pequenos girava em torno de mantê-los longe de conteúdos sexualmente explícitos. Grande parte da conscientização era feita por meio de controles parentais, em vez de debates sobre o assunto e construção de hábitos saudáveis.

Nos últimos 30 anos, muitas mudanças ocorreram, tanto no mundo digital quanto no mundo “real”. Temos diversas possibilidades no on-line atualmente: mais aplicativos, sites, pessoas e, o mais importante, um grupo demográfico mais jovem. A questão da pornografia ainda é muito presente, mas o paradigma mudou – a preocupação não é somente acerca do acesso das crianças a esse tipo de conteúdo, pois hoje, com deepfakes, sua imagem pode ser usada para esses fins deturpados. Isso não significa que o acesso fácil das crianças a conteúdos explícitos não seja um problema, mas prova que a privacidade, a segurança e o bem-estar passaram a ser prioridade na lista de problemas.

Outra questão persistente e alarmante é a ameaça de aliciamento e predadores on-line. Visto que as crianças podem conversar com estranhos em plataformas de redes sociais, além de sites de troca de mensagens e bate-papo por vídeo, os riscos de encontrarem predadores no mundo virtual aumentou de forma alarmante. A facilidade de acesso a essas plataformas representa um desafio, ressaltando ainda mais a importância de pais, responsáveis e educadores permanecerem vigilantes e educarem as crianças sobre os perigos potenciais que podem enfrentar.

Leia mais sobre o que fazer se seus filhos forem abordados por predadores  na internet, neste artigo. 

Uma ameaça relativamente mais recente, mas já difundida, é o cyberbullying. Embora o bullying como conhecemos já seja uma preocupação no mundo físico, sua versão digital também existe e representa um problema ainda maior. Sua presença on-line transfere a dor que antes era sentida na sala de aula para o telefone das crianças, acompanhando-as dentro do seu próprio lar, causando angústia praticamente 24 horas por dia, 7 dias por semana, sem possibilidade de fuga. O cyberbullying cria um espaço virtual de comportamentos prejudiciais e intimidação, muitas vezes com consequências graves para a saúde mental e o bem-estar das crianças. O anonimato permitido no mundo on-line permite que os agressores fiquem ocultos e continuem intimidando as vítimas por mais tempo, sem deixar rastros ou serem pegos.

A tecnologia de produção de deepfakes adicionou uma camada de preocupação com relação aos conteúdos explícitos. Em vez de nos preocuparmos com a possibilidade de as crianças encontrarem conteúdos impróprios, o problema ficou maior: agora, podem ser manipuladas para fornecer conteúdos comprometedores sem sequer perceberem o que estão fazendo. Com essa nova tecnologia disponível, tornou-se fácil cortar e colar o rosto de uma criança em um corpo diferente e afirmar que a imagem montada pertence a uma criança de verdade. Assim, os pequenos são manipulados a criar esse conteúdo e, depois, sentem vergonha disso, inclusive podendo ser chantageados pelos agressores. Essa realidade enfatiza a urgência de conscientizar e educar a todos acerca do uso responsável dos meios digitais, além de destacar a importância de um relacionamento honesto com as crianças, para que não tenham medo de procurar os pais ou responsáveis ao primeiro sinal de problemas, sem medo de serem julgadas.

Contudo, pais e educadores não são os únicos que deveriam se interessar por esses assuntos. Os legisladores e as partes interessadas das empresas também devem implementar leis adequadas para evitar que ações mal-intencionadas ocorram. É necessário aumentarmos a regulamentação sobre quem, de que forma e em que situações o uso da internet é válido e, mais especificamente, como e para quais fins.

Nós, adultos, também devemos nos educar sobre os perigos e como lidar com eles para ajudar nossos filhos e criar um ambiente digital mais seguro. Restringir o uso da internet já não é uma opção viável quando se trata de segurança on-line –­­­ há uma necessidade crescente de conversar com as crianças sobre os riscos potenciais que podem encontrar. Desenvolver a educação digital e entender a importância de um uso responsável da internet são componentes essenciais dessa estratégia proativa.

É essencial levantar discussões sobre ameaças específicas, como aliciamento, cyberbullying e as implicações da tecnologia de deepfake nas conversas com as crianças. As campanhas de sensibilização nas escolas e comunidades podem reforçar ainda mais a importância da segurança digital.

Além da conscientização, uma solução de segurança em que você possa confiar e que tome ações em sua defesa é imprescindível hoje. Sua melhor tática de defesa é usar uma solução de cibersegurança confiável, como o ESET Home Security com proteção em tempo real 24 horas por dia, 7 dias por semana. Uma das funcionalidades, disponíveis em todos os níveis, é o Network Inspector, que testa vulnerabilidades em seu roteador doméstico, como senhas fracas ou firmware desatualizado. Ele fornece uma lista de dispositivos conectados, facilitando a detecção de atividades maliciosas em sua rede doméstica.

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A evolução das ciberameaças mostra a necessidade de uma abordagem abrangente e adaptável para pais, responsáveis e educadores. Manter-se por dentro dos desafios específicos e participar ativamente de conversas abertas com as crianças contribui com a construção de um ambiente digital mais seguro. Ao combinar educação, vigilância e defesa da cibersegurança de todos, podemos trabalhar para mitigar os riscos associados ao cenário em constante mudança do mundo digital.

Autora: Alžbeta Kovaľová

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